"Em 1958, o empresário Caio de Alcântara Machado criou a Fenit, primeiro salão de moda a reunir matéria-prima, maquinário e roupa, assinalando o amadurecimento do setor."
Na década de 60, a Rhodia , que em 1929 havia iníciado a produção de fibras artificiais para aplicações têxteis, fazendo emergir uma indústria da moda brasileira, cuja divulgação fazia-se através dos desfiles da Fenit.
Estes shows eram idealizados pelo publicitário Livio Rangan, que realizou desfiles com temáticas brasileiras, para criar um produto de exportação.
Nessas apresentações a empresa Rhodia convidou artistas plásticos para criar desenhos de estamparia, fato inédito na história das artes plásticas no Brasil. Entre os artistas estavam Aldemir Martins, Milton Dacosta, Antonio Bandeira, Djanira, Alfredo Volpi, Iberê Camargo, Maria Bonomi, Ivan Serpa, Lívio Abramo, Maria Leontina, Tomie Ohtake, Francisco Brennand, Willys de Castro, Hércules Barsotti, Amélia Toledo, Waldemar Cordeiro e Nelson Leirner.
Essa industria que havia chegado no Brasil em 1919 comemorava 50 anos, apresentou na Fenit seu maior show-desfile, "Stravaganza", com Raul Cortez e Gal Costa, num cenário de circo idealizado por Cyro del Nero.
Nessa ocasião a Fenit ainda se realizava no parque do Ibirapuera, num pavilhão ja demolido, vizinho ao predio da Bienal.
A XII edição da Fenit foi realizada pela última vez nesse parque , antes da mudança definitiva para o Anhembi, com 180 stands e a presença de Valentino e Ted Lapidus.